Ultimamente minha vida resume-se a São Paulo, a cidade infinitamente grande.
No começo eu detestava estar lá, aquele ar terrível, a falta de árvores, muito poucas pessoas gentis. O tempo sempre apertado, assim como os lugares. E estar sempre sozinha também não ajudava muito!
E os dias foram passando, e as tardes foram clareando-se aos meus olhos.
Hoje ainda não posso falar que amo aquele lugar, mas que já admiro muitas coisas, isso posso afirmar que sim. Acho, na verdade, tenho quase certeza (assim sou mais precisa), que já estou preparada pra fazer daquela cidade minha casa, afinal é lá que vou viver a partir do ano que vem, não pra sempre por certo, mas por um bom tempo.
Medo, insegurança, ansiedade, estão me consumindo.
As vezes me pego pensando: "Isso tudo, essa realidade que mais parece sonho, vai acabar junto com o ano". E bate aquela nostalgia.
Enfim já está quase no meio do ano e já começo a sentir as responsabilidades da vida adulta.
Seria tudo mais simples se a vida fosse segundo Charles Chaplin...
"A coisa mais injusta sobre a vida é a maneira como ela termina. Eu acho que o verdadeiro ciclo da vida está de trás pra frente. Nós deveríamos morrer primeiro, nos livrar logo disso. Daí viver num asilo, até ser chutado pra fora de lá por estar muito novo. Ganhar um relógio de ouro e ir trabalhar. Então você trabalha 40 anos até ficar novo pra poder aproveitar a aposentadoria. Aí você curte tudo... faz festas e se prepara para a faculdade. Você vai pro colégio... vira criança, não tem nenhuma responsabilidade, se torna um bebezinho no colo, volta pro útero da mãe, passa seus últimos nove meses de vida flutuando... Não seria perfeito?” -texto editado.
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